Paraná é um dos estados mais avançados em relação a logística reversa
Assim como a logística busca entregar uma mercadoria de forma ágil e econômica ao consumidor, a logística reversa se preocupa com a eficiência do descarte correto, seja a reutilização, a reciclagem ou o despejo ambientalmente adequado. Neste sentido, a indústria paranaense é, desde 2012, referência no país.
Com aprovação da lei nº 12.305, em agosto de 2010, e a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), logística reversa passou a ser um tema retratado com mais frequência no Brasil. Foi realizado um acordo entre fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes que defende o compartilhamento da responsabilidade pelo ciclo de vida do produto.
Mesmo assim, apenas 40% dos municípios brasileiros possuem planos voltados para o descarte adequado. No Paraná, o número sobre para 51%, resultando em 70% dos resíduos gerados que recebem destinação correta, segundo o coordenador de Resíduos Sólidos da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná, Vinício Bruni.
O compromisso com a organização da logística reversa já foi formalizado por 20 setores produtivos no estado. São eles: construção civil; empresarial de eletricidade, gás, água, obras e serviços; baterias de chumbo ácido; medicamentos em desuso; embalagens de agrotóxicos; materiais compósitos; filtros de óleo lubrificante automotivo; óleos lubrificantes; setor industrial da reparação de veículos e acessórios; setor industrial da madeira, mobiliário e marcenaria; setor de pneus: pneus inservíveis nacionais; pneus inservíveis de origem importada; setor industrial de metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico; setor industrial de minerais não metálicos; pilhas e baterias portáteis; e setor de embalagens em geral.
O programa Reciclo Paraná é um exemplo de ação que incentiva a sustentabilidade. Pioneiro no país, ele abrange um sistema integrado de coleta seletiva do lixo, separação e venda de recicláveis para gerar renda às associações e cooperativas de recicladores.
A organização de uma estrutura logística eficiente envolvendo transporte, tratamento e educação é fundamental para viabilização da logística reversa. Porém, ela só é possível com a conscientização de todos, desde escolas e empresas até residências, que devem separar os materiais recicláveis dos resíduos orgânicos e procurar locais que realizam a coleta seletiva.
Incluindo empresários, fabricantes, comerciantes e consumidores no processo e dividindo as responsabilidades, a preocupação sustentável passa a fazer parte do dia a dia comum. Assim, seremos capazes de reduzir a produção de lixo e evitar que ainda mais danos sejam causados ao meio ambiente, garantindo um futuro melhor para o planeta.
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