Dicas para controlar melhor o fluxo de entrada e saída de materiais
Controlar o estoque é sempre um desafio enfrentado por gestores da área logística. Como acompanhar detalhadamente a movimentação de materiais, garantindo a menor taxa de perdas e prejuízos possível?
Para entender mais sobre o assunto, confira 5 dicas para controlar melhor o fluxo de entrada e saída de materiais por Marcelo Ghiaroni, professor de Logística e Operações da Escola de Negócios da PUC-Rio e coordenador da área de estudos de Logística do Centro de Instrução Almirante Newton Braga (CIANB/Marinha do Brasil).
Entenda as características de sua operação
Quanto maior for a importância dos estoques, tanto em termos de custo como do benefício entregue ao cliente final, mais importante é o seu correto gerenciamento. De acordo com o especialista, muitos itens – SKUs (Stock Keeping Units)* – aumentam a complexidade da sua operação e requerem tratamento individualizado de controle. “Itens críticos não devem faltar”, opina.
Três perguntas básicas
Segundo o professor, a tecnologia de informação (TI) facilita o uso das técnicas existentes para responder a três perguntas: “O que (quais SKUs) manter em estoque?”, “Quanto de cada SKU manter em estoque?” e “Quando deve-se rever o nível de estoque de cada SKU?”.
Para ele, o segredo é aplicar a estratégia apropriada para cada situação. “Por exemplo, itens solicitados a um mesmo fornecedor devem ser revistos no mesmo período de tempo”, comenta o profissional.
Aplique a classificação ABC (Pareto)
A conhecida “classificação ABC”, também denominada “Lei de Pareto” ou “Regra 80-20” ainda é apropriada atualmente. “Avalie se aproximadamente 80% do valor dos seus estoques é proveniente de 20% de suas SKUs. Aqueles poucos itens que representam a maior parcela do valor dos estoques devem ter seu giro acelerado e menor cobertura”, explica Ghiaroni.
Reduza a complexidade de sua operação
Colocar maior ênfase na flexibilidade para atender às exigências do cliente permite o atendimento de demandas customizadas sem o respectivo custo de manter os estoques necessários.
De acordo com o especialista, se a característica da operação não permite retardar a finalização do produto desde o seu início, é preciso aplicá-la onde for possível, mesmo que seja na embalagem ou rotulagem dos produtos.
Empregue a tecnologia de informação (TI) adequada
A disponibilidade de diversas soluções associadas à TI permite trocar os estoques pelas informações. Avalie se o nível de sofisticação tecnológica está compatível com a complexidade de sua operação. “Um bom exemplo é que resposta rápida aos pedidos dos clientes requer visibilidade da demanda, ou seja, acompanhamento em tempo real das SKUs”, conclui Ghiaroni.
*SKU é um item específico para fins de controle de estoque. Qualquer variação na forma de apresentação, tamanho, peso etc. de um mesmo produto implica em diferentes SKUs.
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