Intraempreendedorismo: o que é e qual a sua importância?
Como o nome sugere, intraempreendedorismo é uma modalidade de empreendedorismo voltada para setores internos da empresa. Na prática, consiste em os colaboradores atuarem com suas ideias, como se participassem como CEOs do negócio. Assim, auxiliam de forma efetiva, direta ou indiretamente, para a inovação dentro das companhias.
Sergio Dias, economista e consultor de empresas com foco em inovação e competitividade, lembra que esse conceito, também denominado “empreendedorismo corporativo”, foi proposto em 1985 por Gifford Pinchot III, que em sua obra disse: “Você não precisa deixar a empresa para tornar-se um empreendedor”.
A importância do intraempreendedorismo
Muitos empresários não adotam essa modalidade por considerá-la de risco. Entretanto, sua implantação oferece muitas vantagens, oferecendo uma visão real da empresa a partir das ideias dos colaboradores, das análises que fazem sobre o ambiente de trabalho e das inovações e alternativas para problemas de funcionamento que propõem.
“Além disso, criam um vínculo do colaborador com a empresa, o que é muito salutar”, destaca o economista, acrescentando que qualquer instituição, de qualquer porte ou ramo de atividade, pode e deve praticar o intraempreendedorismo.
Como aplicá-lo nas empresas?
Sergio Dias conta que, primeiramente, é preciso criar um ambiente colaborativo e inovador. Para que isso aconteça, é necessário:
- Incentivar a prática empreendedora dentro da empresa entre os funcionários;
- Criar um canal aberto de ideias com todos os colaboradores para que atuem como uma equipe;
- Implantar um sistema de reconhecimento e recompensa, com participação nos lucros e resultados das ideias que tiveram sucesso;
- Dar a todos os colaboradores liberdade de expressão, poder de criticar ou sugerir ações inovadoras;
- Analisar seu papel dentro da organização, deixando de ser simplesmente um chefe e tornando-se líder;
- Aprender a delegar, descentralizando o poder e criando novas lideranças.
Dificuldade do intraempreendedorismo
O economista afirma que o maior empecilho desta prática reside em vencer o preconceito e aceitar a colaboração dos integrantes da equipe. “Uma vez, ouvi de um empresário: ‘Meus empregados são pagos para executar o que eu crio. Não os pago para pensar ou ter ideias’”, revela.
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